sexta-feira, 27 de agosto de 2004

Soneto do maior amor

Maior amor nem mais estranho existe 
Que o meu, que não sossega a coisa amada 
E quando a sente alegre, fica triste 
E se a vê descontente dá risada. 

 E que só fica em paz se lhe resiste 
O amado coração, e que se agrada 
Mais da eterna aventura em que persiste 
Que de uma vida mal aventurada. 

 Louco amor meu, que quando toca, fere 
E quando fere vibra, mas prefere 
Ferir a fenerecer - e vive e esmo 
 Fiel à sua lei de cada instante 
Desassombrado, doido, delirante 
Numa paixão de tudo e de si mesmo. 

 Vinicius de Moraes Livro de Sonetos

segunda-feira, 23 de agosto de 2004

Ao amor...


Quando por mim passaste 
Pela primeira vez, 
Como eu sorrisse, tu coraste.  
O sol estava abrasador. 
E eu disse então: 
"Talvez, talvez Fosse o calor." 
Quando por mim passaste 
Pela segunda vez, 
Como que pálida ficaste. 
 Nascia a lua, devagar. 
E eu disse então: 
"Talvez, talvez Fosse o luar." 


 Alphonsus de Guimaraens

domingo, 22 de agosto de 2004

1º de muitos, quem sabe...

Na Alma que se me solta, acordo num país de gente doce e amarga. Para os doces teremos o prazer de com eles partilhar a mesa da vida. 

Com os amargos lançaremos a missão de os açucarar de forma a ficarem menos amargos. Pensamentos. 
Política. 
Poesia. 
Utopia. 
Sonho. 
Tudo caberá na discussão, da Alma de todos nós...