Por problemas pessoais e familiares estarei ausente até que a vida me ajude.
Obrigado.
É aquele que nos alimenta e nos reforça. O que emerge do nosso ser face às turbulências sociais, políticas, económicas e pessoais, que dia a dia nos molham, nos aquecem e nos gelam. Com toda a nossa Alma, que nos alimenta o coração e o pensamento!
O movimento do teu pé vai mudar de direcção...
Vai circular ao contrário dos ponteiros de um relógio!
Foi assim que estes caíram...
(Jornal das Moças, 1957)
Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto.
(Revista Cláudia, 1962)
A desarrumação numa casa de banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.
(Jornal das Moças, 1965)
A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.
(Jornal das Moças, 1959)
Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples facto de cair cinza nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.
(Jornal das Moças, 1957)
A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha resistido a experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara.
(Revista Cláudia, 1962)
Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.
(Revista Querida, 1954)
O noivado longo é um perigo.
(Revista Querida, 1953)
É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.
(Jornal das Moças, 1957)
E para finalizar, a mais de todas:
O LUGAR DA MULHER É NO LAR. O TRABALHO FORA DE CASA MASCULINIZA.
(Revista Querida, 1955)
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Revistas didácticas, carregadas de moral e amor...
Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.
Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.
Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém
posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.
Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.
Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.
Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos,
preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.
Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passouPedro Paulo.
Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo
pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por
pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente!
Pensava Pedro Paulo...
Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. -Paris! Paris!
Proferiu Pedro Paulo.
-Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando
pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.
Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia.
Porque pintas porcarias?
- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro!
Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.
Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.
Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles,
primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram,
porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo.
Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.
Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo pereceu pintando...
Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar...
Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei.
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E há quem ache o máximo dizer: "O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma!"
Porém, as folhas dos plátanos, ano após ano, continuam a cair.
Tal como as saudades. Que não caem. Sentem-se.
Saudades de até quando me contrariavas.
E tinhas razão em muita coisa.
Avisavas-me.
Como que querias poupar-me ao embate das “pancadas da vida”.
E nestes últimos quatro anos tenho-os sentido.
Mas, de pé.
Ainda que com as pernas a fraquejar, por vezes.
Que um homem fraqueja, como ser humano, falível e sentimental.
Essas coisas dos homens serem fortes, só nas películas dos filmes devem existir...
Ou, se fortes homens há, no silêncio da noite devem chorar, às escondidas.
Eu, de peito aberto, como sempre, e com as vicissitudes que isso comporta, cá vou andando.
Umas vezes bem, outras, revoltado.
Sabes, as injustiças são cada vez maiores.
Os conhecidos aumentam, à medida que percorro outros caminhos.
Mas, os amigos vão diminuindo.
Provavelmente, há vários anos que assim era.
Eu é que não tinha dado conta...
Talvez as relações humanas estejam diferentes.
Tal como a rotatividade da Terra e a ilusão que as nuvens nos dão...
Já estou a divagar.
E tu, que sempre me quiseste com os pés bem assentes na terra.
Nada melhor, pai.
Pés firmes e de cara erguida.
Não pela prepotência, que aqueles que a trazem, tristes figuras fazem de si.
Mas, pela tranquilidade de assumir e praticar os valores fundamentais que tu me transmitiste.
Cá continuam.
Sólidos, como os laços sinceros.
Os valores presentes nos actos.
Tenho limitado os sonhos utópicos ao significado mais singelo que o dicionário lhe atribui. A utopia…
Já vai longo este monólogo, pai.
Todavia, desde há quatro anos que recordo todos os dias o teu olhar e a carícia das tuas mãos, quando, com ternura, me tocavas no rosto…
Há quem goste de andar na corda bamba.
Outros há que qualquer que seja a corda, não se equilibram.
Até há quem defenda que essa coisa do equilíbrio é mais uma das regras impostas pela sociedade.
A moda também é culpada por equilíbrios de tendências.
Eu, no meio de tanta dúvida e questão, prefiro sentir a chuva no rosto quando saio à rua, ou o sol que evapora as águas deste Outono, onde dia após dia, olho o mundo e os outros com outra calma e paz de espírito.
Nestes dias encontramos os cemitérios cheios de gente.
Mais um talhão foi aberto, mais uns quantos homens e mulheres partiram naquela viagem a que todos nos espera, um dia.
Depois da nascença, a morte é o facto mais certo da vida. Assunto melindroso. Mas, que mexe cá dentro.
Saibamos viver com alegria, paixão, dedicação e carinho. Saibamos partilhar o positivo e desvalorizar o negativo.
Consigamos viver de cabeça erguida, conscientes do nosso percurso e da honra que os nossos nomes carregam, pela memória dos nossos antepassados…