A qualidade do ensino público depende
de vários fatores que são garantidos pelos professores, em cada agrupamento de
escolas, com o apoio da respetiva comunidade escolar e sob a orientação do ministério,
de forma a concretizar o fim inerente ao conceito de educação, onde o
aluno é o objetivo primeiro, e último, em toda a estrutura.
A par deste sistema, que só
funciona de forma articulada, objetiva e séria, a Inspeção Geral de Educação
assume funções de avaliação, de aconselhamento, de prevenção e de análise de
procedimentos, aferindo, assim, o cumprimento do dossier legislativo e
regulamentar que suporta o setor educativo e todos os seus protagonistas.
Na lógica dialética do dia-a-dia,
vários profissionais da Inspeção Geral de Educação têm-se aposentado, sem a
devida substituição, verificando-se desde 2010 um decréscimo do número de
inspetores em todo o território nacional.
Paralelamente, e nos últimos 3
anos, temos assistido à degradação dos recursos técnicos, à retirada de
competências e à redução do orçamento deste organismo, com um real decréscimo
da qualidade do serviço prestado.
O atual governo conhece este
cenário, que em nada abona o processo de avaliação da qualidade do ensino
público, mas nada faz…
A Inspeção Geral de Educação,
ainda que necessitada, conta com profissionais e dirigentes que diariamente se
empenham para colmatar as irresponsabilidades do Estado.
Ainda que a Inspeção Geral de
Educação tenha como missão avaliar o funcionamento do Ministério da Educação,
não se entende como é que esta organização se encontra sob a alçada da
Secretaria de Estado da Administração Escolar.
Questiona-se, desta forma, ao ano
de 2015, e pertencendo Portugal a uma construção denominada: União Europeia, a
regularidade deste organograma, condicionada nas correlações entre o poder
político e o cumprimento administrativo-legal.
João Caldeira Heitor
1 comentário:
Haja quem, posterior e responsavelmente mude a situação.
Bjo
Enviar um comentário