No último
século a vida selvagem tem estado na mira das espingardas, nas armadilhas, na
força superior que o ser humano quer impor, nem que seja à força, sobre a
natureza.
Os
objetivos do desenvolvimento sustentável ganharam eco nas últimas décadas, sem
que em todos os países e continentes ele se consiga preconizar.
Resta
aliás pensar que se há pessoas a morrer à fome, outras a fugir da guerra, e o
desenvolvimento sustentável ou a caça furtiva se remetem a meros pormenores de circunstância.
ONU’s,
NATO’s ou outras organizações acabadas em O’s ou A’s têm sido mais palco de
simples encenações teatrais do que propriamente “…poderosas expressões de
determinação política…”.
O
património natural pode ser fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas, nos
quais, o Homem é, somente, um elemento. Mas, se nem o Homem se respeita a ele
próprio, porque raio devia pensar no ecossistema. O lucro continua a comandar,
sob a batuta da economia.
O resto.
O resto é apenas a utopia de uma minoria, que ainda que tenha uma visão de horizonte,
não usa espingardas, petróleo, ações de bolsa ou biliões de dólares para
encurtar o tempo que se está a esgotar para o planeta.
Dias
internacionais servem para isso mesmo: internacionalizar. O Dia Internacional
da Vida Selvagem tem pela frente o desejo do Homem em domesticar tudo o que o
rodeia: até a vida selvagem…
João Caldeira Heitor