Sete e meia da manhã.
Uns
pequenos raios de sol entravam pelas frestas dos estores do quarto.
Suficientes
para um maravilhoso ser entrar porta dentro e se abeirar da cama.
Fê-lo, suavemente, enquanto pousou as mãos na base da
cama e se aproximou de mim.
A ponta dos seus cabelos começo-me a tocar.
Senti pequenos beijos pela cara toda.
Tal e qual como lhe fiz, e faço, para a adormecer.
Ao abrir um olho, deparo-me com uma meiga e terna face
que sussurrando me dá os bons dias, pedindo, ao mesmo tempo para entrar dentro
da cama, na troca de mimo e afecto.
Estes momentos, únicos nas nossas vidas, revelam o amor
entre pais e filhos.
Cada um da sua forma.
Dizem que passa rápido.
Mas, por mais
que olhe a pequena Leonor nos olhos, não deixo de sentir aqueles beijos
espalhados pelo rosto num momento inesquecível…
João Caldeira Heitor
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