Vulnerável sem te perceber,
Ou perdido sem te ter?
Gigante contigo em meus braços,
Ou carraça refém da noite solitária?
Sou hoje assim,
Em duas formas,
E de forma diferente,
Não me vejo.
Sinto-me a entrar no céu escuro,
Se em ti não tocar,
Pelo simples pensar,
Ou na certeza de não te ver.
Não me deixes adormecer,
Quero acordado sonhar,
Deste sonho real a viver,
Mesmo com os frios lençóis a bater.
Serei fraco demais para te absorver?
Não desistas de atravessar,
A noite,
A terra,
O vento,
E num pensar ciumento,
Atira teu corpo ao chão.
O tempo passa,
Pelas janelas fechadas,
Pelas noites vazias,
Pelos olhos molhados.
Vem-te deitar,
E a meu lado cantar,
Dona de ti mesma,
Mulher, menina e donzela.
Teu e meu desejo,
Não vai esperar,
Não vai perder,
Nosso beijo a trocar…
João Caldeira Heitor
1 comentário:
Na simplicidade das palavras e do sentir, um lindo suplemento de alma...
Um prazer ler, para quem passa por aqui...
Parabéns ao poeta!:)
Vaps
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