Essa matéria de que somos feitos,
Põe-nos carne, ossos e sentimento no corpo.
Pela vida que se regista e se percorre.
Nela somos filhos, pais e avós.
Nela ganhei pai e mãe.
O meu faz hoje 10 anos que viajou (como o tempo voou…).
Esse é o destino que às crianças é explicado.
Mas que aos adultos não se “veste” nesse “número”.
Não se despe o “casaco” da saudade.
Faz frio. A saudade e a ausência são frias.
E por isso a pele precisa do contacto.
E por isso a alma precisa do calor.
E por isso se recorda, com um sorrir,
O viver,
O crescer,
O aprender,
O debater,
O contrariar,
O chorar,
O rir que pela vida aprendi, partilhei e acumulei, com o
meu pai.
Todos esses predicativos de ser,
Que retribuo a quem me honra com o reescrever da história
da vida.
Obrigado pai.
João Miguel
3 comentários:
Os dias. Com eles contam-se as noites que caem e o sol que, com eles, sempre nasce e se põe...
Uma geração passa e outra sempre vem...e com elas, o tempo passa também...
...na saudade perene, recordam-se, com um sorriso, os momentos partilhados, que se eternizam na memória...
Lindo post, num sentimento único, aqui partilhado...
Vaps
Grande João!
Só mesmo tu para falares tão carinhosamente, sentimentalmente e de forma tão genuína.
Muito orgulho em ser teu amigo pá.
O Professor Heitor também me faz falta: Pai do meu amigo, amigo e companheiro de lutas do meu Pai, meu amigo e conselheiro, e as histórias engraçadas?, o Heitor era uma figura e tanto, bonacheirão e amigo do seu amigo.
Ainda me lembro dos conselhos que ele nos dava, que hoje se verificam bem verdadeiros, mum futurista.
Lembras-te João? Quando nasceu a Leonor eu disse que no céu sorria uma estrela, e continua a sorrir com o legado que deixou em ti.
Grande abraço, amigo!
Nuno Pereira
E a vida que continua de ti na Leonor, vai um dia falar de ti assim, pelo carinho e pelo amor que lhe dás, com o mesmo carinho e o mesmo amor. São estas as cadeias que nunca se quebram, mesmo depois da "viagem" de cada um e de cada geração!
Um abraço!
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