quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Desvario...


Hoje ficamos a saber que após a conclusão da segunda fase das candidaturas ao Ensino Superior ficaram ainda nove mil vagas por preencher.

Há 67 cursos com vagas disponíveis que não colocaram nenhum aluno, sendo que 42 deles se referem às engenharias (?), com medicina a preencher todos os lugares.

Isto acontece numa altura em que empresas portuguesas de recrutamento apresentam boas ofertas e procura de recém-licenciados em engenharias para trabalhar na Alemanha e nos Emirados Árabes Unidos.

Isto acontece numa altura em que empresas portuguesas de recrutamento apresentam boas ofertas e procura de recém-licenciados em medicina e enfermagem para Inglaterra.

Isto representa o esvaziamento da maior riqueza de um país – o potencial humano com formação de excelência – que tem sido obrigado a emigrar e a contribuir para o desenvolvimento social e económico destes e de outros países.

Portugal tem excelentes universidades e institutos politécnicos (recursos humanos e materiais) que consolidam 12 anos de ensino obrigatório, após a frequência numa uma boa rede nacional de ensino pré-escolar, ao contrário de outros países da (nossa cada vez mais longínqua) União Europeia.

Urge relançar a economia portuguesa, alavancar as empresas nacionais para que estas resgatem os nossos concidadãos que se encontram espalhados pelo mundo, e obter essa mais-valia de conhecimento e capacidade.

Urge reforçar o Sistema Nacional de Saúde e concretizá-lo em todo o território nacional, com médicos e enfermeiros que pratiquem cuidados primários e um acompanhamento de proximidade com todos os cidadãos. Para tal, os nossos enfermeiros e médicos recém-formados são precisos de norte a sul do nosso país, e não em Inglaterra ou no Canadá.


Não é possível, aceitável e até mesmo economicamente sustentável que o nosso país, o nosso sistema de ensino continue a gastar milhões de euros na formação de pessoas que, posteriormente são obrigadas a emigrar, e desta forma contribuindo “a custo 0” para a obtenção de quadros superiores.

João Heitor

segunda-feira, 3 de março de 2014

Eles e eu...


Há quem tudo queira e só por isso oriente a vida.
Mas, pessoas há a desejar, somente, viver.
E aí, conquistar especiais sentires.
No suor do pensar, em vitórias reais e morais.
Fervilham pensamentos para decisões a cada minuto. 
Sem bússolas, só com a riqueza do valor interior.
E, um chá que acompanhe a alma, em suplemento e pureza.

João Heitor

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Fugaz glória...


Não podemos parar depois dos longos caminhos percorridos, ou, inverte-los, com a imprevisível doutrina do sentir. 

Não há gota de chuva que pare o olhar racional ou que impeça a real fotografia que aguarda ser capturada pela máquina do registo. 

Sou película por gravar, um novo horizonte, que a noite impõe, por cada amanhecer que se segue. 

Ter a palavra sobre a razão é tinta de livros que só confirmam o que a alma sente.

Sonhador? Sim. 

Utópico? Também. 

Mas em cada noite, fria, sem medo dessa gota de chuva, dessa fotografia conhecida, dessa fugaz glória que alguns acreditam ser o esplendor máximo, eu, despido de preconceitos ou de manias, vivo com a consciência tranquila. 

Moral? 
Podem comer todos, mas só alguns a saboreiam. 

Evasivo? 
Não. 

Está tudo aqui...e aí...em cada um de nós...

João Caldeira Heitor


Sobre cada Natal...


Nesta época, há quem espere embrulhos.
Eu não quero nenhum Presente.
Quero que neste Renascimento, diário, Todos tenham um Futuro, e que simplesmente sejam Pessoas...