quinta-feira, 3 de março de 2016

O circo humano...


No último século a vida selvagem tem estado na mira das espingardas, nas armadilhas, na força superior que o ser humano quer impor, nem que seja à força, sobre a natureza.

Os objetivos do desenvolvimento sustentável ganharam eco nas últimas décadas, sem que em todos os países e continentes ele se consiga preconizar.

Resta aliás pensar que se há pessoas a morrer à fome, outras a fugir da guerra, e o desenvolvimento sustentável ou a caça furtiva se remetem a meros pormenores de circunstância.

ONU’s, NATO’s ou outras organizações acabadas em O’s ou A’s têm sido mais palco de simples encenações teatrais do que propriamente “…poderosas expressões de determinação política…”.

O património natural pode ser fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas, nos quais, o Homem é, somente, um elemento. Mas, se nem o Homem se respeita a ele próprio, porque raio devia pensar no ecossistema. O lucro continua a comandar, sob a batuta da economia.

O resto. O resto é apenas a utopia de uma minoria, que ainda que tenha uma visão de horizonte, não usa espingardas, petróleo, ações de bolsa ou biliões de dólares para encurtar o tempo que se está a esgotar para o planeta.

Dias internacionais servem para isso mesmo: internacionalizar. O Dia Internacional da Vida Selvagem tem pela frente o desejo do Homem em domesticar tudo o que o rodeia: até a vida selvagem…

João Caldeira Heitor