sábado, 29 de janeiro de 2005

A carta incompleta...

As aulas têm-me ocupado mais tempo do que inicialmente esperava. Tenho alguns alunos "complexos" que requerem mais atenção e dedicação.

Aliada a esta questão está o facto de estar deslocado de casa, de onde, sentado na minha poltrona e no silêncio do quarto, reflicto e me dedico a este meu/nosso espaço.
Porém, as visitas continuam.

Acredito que algumas pessoas fiquem mais tristes por não encontrarem post's mais recentes ou actuais. Peço desculpa, por isso.


Uma notícia nova. Recebi carta do Ministério da Educação, assinada pelo Secretário de Estado Adjunto do Secretário de Estado da Administração Educativa dizendo que afinal houve um erro.

Que afinal eu devia ter sido colocado no início dos concursos e que não fui. Que vou ser compensado pelo tempo de serviço perdido, assim como compensado monetariamente...


Só não explicam é como é que vão proceder, agora que estou a cerca de 160 km de casa, numa escola, quando podia estar a 38 km de casa numa outra onde inicialmente fui "ultrapassado".

Quem é que me paga agora a renda de casa mensalmente? E os custos das deslocações?


A carta também não explica se me vão contar o tempo todo de serviço ou não. Também não informam qual vai ser o horário que vai ser registado no meu processo individual. Também não é percetível se me vão manter naquela escola...


Bem, dum processo que nasceu "coxo", também não se podia esperar sucesso...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2005

Amor é fogo...

Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Luis Vaz de Camões

Tive-te e não o soube...

Por ti esperei,
Desejei-te, amei-te, procurei-te em cada homem que tive
Mas tu nada
Ou melhor,
Estava tão obcecada com
Esta busca incessante
Que não me apercebi que eras aquele
Que em cada homem, me fazia feliz
Fui feliz sem o saber,
Tive-te e não o soube.

Natália Correia


sábado, 22 de janeiro de 2005

Sem palavras... simples.

Santana Lopes vai visitar um hospício e tem uma recepção à maneira poruma comissão de pacientes.
- Viva o Primeiro Ministro! Viva o Primeiro Ministro! - gritavam eles, entusiasmados.
Ao ver um dos elementos do grupo calado, um dos assessores de Santana abordou-o e perguntou:
- E você, por que é que não está a gritar: "Viva o Primeiro Ministro"?
- Porque eu não sou louco, sou médico!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

Ver o invisível...

Num destes dias olhava duas crianças, no recreio da escola, recolhidas num discreto canto. Trocavam olhares e cumplicidades partilhadas.
Relembrei a minha passagem pela escola, por aquela idade, por aqueles sentimentos inocentes.
Recordei, também um pensamento de uma pedagoga (Maria Montessori) que estudei na faculdade e que dizia:

A inteligência da criança observa amando e não com indiferença - isso é o que faz ver o invisível.

Nada mais certo e sentido...

sábado, 15 de janeiro de 2005

1000

1000 visitas desde o dia 11 de Novembro.
Em dois meses, numa média de 500 visitantes por mês, no passado dia 11 de Janeiro estavam registados no contador deste Blog 1000 visitas.
Um número impensável para a minha pessoa, tendo em conta o tipo de assuntos que por aqui debatemos e afloramos.
A todos, o meu obrigado.
E que continuemos pela palavra e pela força das ideias, de braço dado com a certeza das convicções, a explorar o mundo em que vivemos...


quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Ao que isto chegou!

O actual Ministro de Estado e da Presidência, Morais Sarmento, visitou no passado fim-de-semana São Tomé e Príncipe. Fretou um jacto particular para entregar pessoalmente alguns equipamentos e bens, no âmbito da cooperação entre o estado português e aqueles territórios.

A polémica em torno desta visita surge por várias razões. Porque é que o Ministro de Estado alugou um jacto particular que custou aos cofres nacionais mais de 65 mil euros (13 mil contos), para ir entregar alguns bens, que podiam ser entregues noutra altura sem necessitar de alugar o referido avião? Não terá custado mais o aluguer do avião do que os bens entregues?!?

Alguns partidos questionaram esta visita, também pelo facto de o Ministro ter ido praticar mergulho no sábado e ter ficado instalado no melhor Hotel da região… Até Santana Lopes, que na altura da denúncia desta situação se encontrava de visita oficial em França, lamentou esta ocorrência, reconhecendo que a polémica sobre a visita de Morais Sarmento a São Tomé e Príncipe era "incómoda" para o Governo…
O mesmo Ministro (Morais Sarmento), que é cabeça de lista do PSD no distrito de Castelo Branco para as próximas eleições legislativas, convocou uma conferência de imprensa para informar que tinha colocado o seu lugar à disposição do primeiro-ministro devido a esta polémica, mas que Santana Lopes lhe reafirmou a sua confiança. Obviamente que Santana Lopes não podia aceitar um pedido de demissão, de um ministro que já se encontra demissionário, a um mês de eleições…

Este episódio é mais um, dos muitos com que este governo nos tem “brindado”. Hilariante, no mínimo.

Por mais que o primeiro-ministro coloque cartazes por todo o país com a frase “Contra ventos e marés”, os portugueses sabem que os “ventos” e as “marés” que vão contra ele são originários do seu partido e de elementos do seu governo…

Com esta constante instabilidade governativa, a mudança é inevitável
.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Quem ajuda?

A Comunidade Internacional tem-se esforçado para contribuir financeira e materialmente para a catástrofe ocorrida na Ásia.
Sou levado a concluir que as grandes tragédias que originam destruição e milhares de mortes têm um efeito de choque mais intenso junto dos dirigentes e organizações mundiais, do que a fome e a miséria que levam milhares de pessoas a morrerem em todo o mundo diariamente.
Não pomos em causa a necessidade daquelas populações em receberem ajuda e auxílio da comunidade internacional. Toda ela será sempre pouca, tendo em conta as imagens e relatos que temos visto e ouvido nos órgaõs de comunicação social.
Porém, há que relembrar que diariamente em África morrem milhares de crianças com fome e devido a doenças facilmente combatidas.
Em Portugal continuam a existir pessoas com fome... E quem os ajuda?!?