quinta-feira, 14 de abril de 2011

De sentir os animais, como nós, o somos...

Os minutos, os meses e os anos passam.

Nas nossas vidas, nas memórias dos percursos trilhados, nos laços que nos caracterizam em carne e sangue desta nossa espécie animal racional.

Seremos dotados de mil e uma potencialidades, características, feitios, crenças, acções e pensamentos.

E além destes, do sentir.

Se o meu pai fosse vivo faria hoje 68 anos.

Tenho pena que ele não tenha desfrutado a sua merecida reforma.

Tenho pena que ele não tenha desfrutado da neta que em traços, expressões e reacções, se encontram linhas comuns…

E nesta pena, as saudades…

Tenho pena que passemos a vida num corre, corre, sem que possamos aproveitar o sol, saborear a chuva, assistir ao pôr-do-sol, contemplar as estrelas, ouvir o mar, sentir o vento na cara, transpirar em sorrir e alegria espontânea quando tocados na nossa alma…

Perdem-se e perdemo-nos em futilidades, tantas vezes. 

Vezes demais, possamos nós avaliar e lembrar o que nos últimos meses nos fez, positivamente, sentir o frio no estômago, os pelos do corpo eriçados, os músculos incontroláveis que instintivamente refletem os nossos sentidos…

Contra mim escrevo, penso ou aponto o dedo.

De ferro são as estátuas. 

De pedra os monumentos. 

De sentir os animais, como nós, o somos ...


João Caldeira Heitor

sábado, 2 de abril de 2011

Só se reduz quando não há?

Como é estranho o ser humano.

Quando pode, usa e gasta sem pensar no amanhã.


Quando o amanhã está comprometido, procura reduzir e salvar o que, provavelmente, será irrecuperável...