quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Redesenhar o Mundo (?)


Frenéticas alegrias envoltas no papel dos embrulhos deram felicidade material às almas mais características dessas tipologias ou maneiras de ser.

Não são piores ou melhores que outras, vazias, de papeis e de surpresas onde até a refeição da noite de Natal precisou de ser economizada com um mês de antecedência.

São as almas de um tempo que já não atinge a maioria dos habitantes deste país, mesmo até a maioria dos eleitores que, pelo Instituto Nacional de Estatística, pertencem ao escalão 1, 2 e 3 dos endividados e distinguidos pela banca. 

Milhões brindam com a magia do Natal que recorda os valores, por uns dias dos muitos que, num ano, servem de entulho para o enchimento dos pilares da produção económica, em altos andares de lojas, escritórios e apartamentos.

A balança, ao longo da história, sempre propendeu na medida certa, de um lado e do outro, para estabelecer o equilíbrio natural. 

Não há pesos e vontades que se juntem do mesmo lado e que possam contrabalançar a hipnótica forma de ser e de estar da maioria.

Falsos moralismos e sermões, entre um copo de sumo de laranja, só sobrecarregam o fígado atolado em ovos, álcool e outras iguarias da fartura alimentar.

O medo pode ser um excelente incentivador para a confirmação do sucesso, ainda que a queda para os acidentes de expressão sejam a constante no precipício do comportamento de certas personagens da praça. 

Em todas as terras e lugares há uma praça. 

De pedra ou de compras.

Lá voltamos aos materiais...

Prefiram-se as praças de pedra onde se encontram, tocam e ouvem as pessoas normais, e se acenam às outras.

Queixam-se os armários, as garagens, as gavetas e os espaços caseiros onde novas contas se contam.

Louvam-se os que alimentam os sonhos daqueles que não querem presentes, mas, somente, um futuro.

E aí, nesse Renascimento diário dos Valores Humanos, nesse desígnio humano, que se veste de branco (pela pureza), de verde (pela esperança), de azul (pela imensidão do céu que se torna o horizonte mais próximo), e mais companheiro de um sol de esperança que se pinta em cada gesto partilhado...


Aqui estão os lápis com que podemos redesenhar o mundo...

João Heitor

Amaciador de Gente


Colocam-se nos cabelos longos, de quem os usa, assim sendo seus ou daqueles a quem a pobreza os esticou pela ausência de dinheiro.

Esses de outros tempos dirão. Ou não...

Esses outros (os de outros tempos) vividos e que agora regressam para uma nova temporada que não corre na FOX ou no AXN. 

Um novo cenário que se encontra nas descoloradas fitas dos rolos dos cinemas e na intercalada casa ou letra dos apartamentos das novas cidades pintadas com grandes superfícies comerciais.

Colocam-se nos cabelos encaracolados que em voltas incertas aguardam pelo vento dessa tempestade a que chamam de Natal.

Esse de outros tempos dirão. Ou não...

Esse outro (Natal) que em acordo ortográfico já se escreve pequeno pelo início, e no fim se assume como rijo, de pontas espigadas, revoltado como os que a ele não acedem na mesma medida - desvirtuados da medida certa dos componentes do Amaciador que actuam no fino couro da ossada de cada um de nós. 

Voltemos ao supermercado. 

Mas, já passam das sete. 

Vamos ao hiper. 

Espera. 

Já passam das dez, das onze, da meia noite.

Vamos à loja de conveniência que os tempos modernos dão resposta para todas as necessidades, menos para a morte, incerta, que dizem nos estar marcada, mas sobre a qual a economia também gera receitas e burocracias dignas da real importância das instituições, dos países avançados em tempos de bonança. 

Sim, porque quando as catástrofes ocorrem, o tamanho do Homem é vergado pela incompreendida forca da natureza, para que as valas, que dizem comuns, preservem a saúde publica, na diminuta valorização da nobreza humana que por ali deixa a sua matéria. 

Que se lixe o Amaciador. 

A Troika é que empresta o dinheiro que todos pagamos vezes sem conta.

Mas, e na amizade? 

Aí os pagamentos não deviam estar escondidos entre sinónimos mais leves tais como: retorno, compensação, segundos-interesses, absorção (porra que palavras tão certas quando nos acedem à alembradura certas personagens...).

Absorção?  

Quando somos absorvidos por outros não deixamos de ser donos de nós próprios?

Ou será que a liberdade é uma mera ilusão de qualquer ser humano que vive segundo as regras da sociedade? 

Voltemos à amizade senão o Kant e o Decartes ainda me vêem puxar as orelhas...

Esse punhado de bons amigos, salpicado por umas dezenas de pessoas mais próximas, e polvilhado por umas centenas de outras tantas conhecidas, é o nobre valor a quem se recorre quando a carteira está vazia, e no número de amigos se conta a riqueza individual que, por inerência, se acrescenta em valor (será?).

Dissertações sem sustentação académica, religiosa, ou filosófica podem ser sempre dirimidas entre um abraço de circunstância, meia dúzia de promessas de união eterna, e duas garrafas de vinho tinto (antigamente era só uma, mas agora na vertente comercial duas representa um poderio económico, aliado à metáfora sobre os benefícios do vinho, moderado, às refeições).

Voltemos aos amigos, que por vezes existem mais no mundo virtual, escapando-se em modo: relâmpago! no mundo real (atenção que eu conheço os meus e desta Tese de Mestrado, da uma para as duas, não estou a esboçar um auto-retrato).

Ora não cuides tu de te embalar no sono, no trabalho e na arte ou engenho de dar duas seguidas (marteladas) no prego a espetar, que não encontrarás o teu nome nesse quadro a pendurar, com ou sem excelência, mérito ou assinatura de pessoa importante.

Por falar em gente importante: eles falam, falam, mas nem pintam as estradas, não fazem milagres, nem dão notícias quando deviam...

Acho que o Amaciador de Gente será sempre a poção magica que não se venderá no mercado ou na feira anual pelo homem da mala preta, onde as mezinhas e as soluções miraculosas podem, por vezes, ser a solução para as dores de alma.

Na farmácia também não. 

Até porque onde se vende o que (eventualmente) cura a matéria (carne, ossos e órgãos) jamais conseguiremos encontrar algo que trate a alma, amacie o trato, separe o essencial do acessório, mostre que cada dia foi o último que vivemos e onde podíamos ter feito a diferença...


Para a próxima vez tenho de analisar a vertente: Champoo + Amaciador porque talvez seja preciso usar um pouco de limpeza no pensamento...

João Heitor

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A Páscoa de cada dia do ano...



A Páscoa é, sempre, um período de reflexão, de introspecção, de retemperar energias e sinergias que possibilitem acções individuais e coletivas em torno do valor da pessoa.

Regredimos, civilizacionalmente, em alguns locais do mundo. Regredimos, civilizacionalmente, em alguns pilares que sustentam o humanismo. Regredimos, civilizacionalmente, na qualidade da vida que se impõe pelo simples acesso à alimentação, ao emprego, à velhice, aos serviços de saúde.

Travamos uma luta desigual. A luta entre o Homem e a economia. A sobrevivência, na sociedade, de cada um de nós e do próximo. A luta pelos direitos e deveres dos homens e mulheres face às decisões dos estados, das uniões e das organizações.

Jesus Cristo recolocou o Homem no centro da decisão, a palavra como valor de lei, a acção e o trabalho como imperativo moral, social e humano.

Nos dias de hoje, e cada vez mais, o Homem é o elemento fulcral do funcionamento da sociedade. Cada um de nós, no seu meio, na organização a que pertence, no concelho onde reside, no seio do seu grupo de pertença, faz a diferença, enriquece cada momento partilhado e constrói o futuro de braço dado com os instrumentos individuais de que dispõe.

A humildade e o valor são duas virtudes que caminham lado a lado, e que honram todos aqueles que a elas recorrem, no seu dia-a-dia, pela simplicidade do seu ser e agir. Saibamos (todos aqueles que livre e vocacionalmente o desejem) honrar o valor da vida.

A Páscoa, assume-se, cada vez mais, e tal como o Natal, no diário agir do Homem que se deseja como espécie possuidora de raciocínio e amor.

João Heitor

domingo, 14 de abril de 2013

(apenas pela presença)...



Hoje. 
Hoje seria o dia de dar os parabéns ao meu pai. 
No céu das memórias, no céu do sentimento que une os pais e os filhos, no céu do calor que derrete a neve das nuvens desse mesmo céu, recordamos os nossos com aquela lágrima no canto do olho... 
Parabéns pai!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Reflexões...


Reflexões

Ao contrário da maioria dos animais, o ser humano desenvolve o seu conhecimento através das aprendizagens que concretiza ao longo da vida. Talvez por isso o saber, a ponderação, a maturidade se aperfeiçoem à medida que as rugas do rosto e do coração se vincam em cada um de nós.

Sabiamente, só mesmo a partir de uma determinada idade, e de um determinado caminho, se é reconhecida a capacidade para um membro do clero chegar a Cardeal, a um Homem das artes e ofícios atingir o patamar de Mestre, a um Homem do conhecimento chegar à categoria de investigador/especialista…

Os Humanistas defendem que o poder deve estar na mão dos sábios (?) e esclarecidos (?). Serão, esses, que, teoricamente governam os países. Mas, que país existe, presentemente, quando assistimos a um corte abrupto nas pensões dos portugueses? Que sábios, que sensíveis, que esclarecidos membros do governo são estes que retiram as pensões àqueles que durante décadas suaram e trabalharam, descontaram do seu salário para possuírem uma reforma que lhes permitisse obter um final de vida com o mínimo de dignidade?

Em que país se está a transformar o nosso Portugal, cujos governantes não têm coragem para enfrentar o poder económico, mas que com naturalidade e descontração cortam as pensões, retirando a possibilidade das pessoas irem ao médico, pagarem os medicamentos nas farmácias e se alimentarem? Que país é este que assiste ao corte nos serviços de saúde, à transferência de serviços de umas terras para as outras, sem lógica ou sentido, e se cala?

Não é este o Portugal daqueles que se assumem como Humanistas. Não aceito que aqueles que construíram o nosso país, com empenho, dedicação, responsabilidade social, profissional e humana sejam hoje maltratados e vejam os seus direitos extirpados.

A solução para uma parte destes problemas terá de vir, forçosamente, da Escola, em concertação com as famílias, num novo conceito de educação, que vise a construção de uma nova sociedade que assuma, real e concretamente, a importância e a dignidade do ser humano desde que nasce até que morre. E que nesse percurso, nada lhe falte, de essencial.

A Escola, o ensino, a educação do Homem são e serão, como já Aristóteles e Platão escreveram há milhares de anos, a chave para uma sociedade em que a economia seja um elemento da gestão do Homem, e não a Gestão como fator condicionador da existência do Homem.

Até quando vamos suportar estes ataques?

João Heitor

quarta-feira, 13 de março de 2013

Património... Ourém...


Pela Positiva…

A salvaguarda da história e do património do concelho é uma responsabilidade de todos nós e que se assume como uma oportunidade de promoção e desenvolvimento local.

Visando a salvaguarda desse mesmo património foram efectuadas obras de conservação e interpretação da Cripta e a renovação de conteúdos dos painéis turísticos no Centro Histórico de Ourém. A nossa “Vila Medieval” possui inúmeros locais de interesse público que urge potenciar turisticamente. Só assim poderemos atrair mais visitantes e valorizar o “Castelo de Ourém” enquanto local composto de suculentos recantos e momentos da história de Portugal e das suas gentes. Dentro de pouco tempo irão ser intervencionadas algumas ruínas, no sentido da sua preservação e de forma a assegurar a segurança dos transeuntes.

Também as calçadas históricas da Carapita e Mulher Morta foram alvo de intervenções com novos painéis interpretativos que explicam a origem dos trajectos, que remontam ao período romano e que ganharam maior relevância no período medieval. A histórica Fonte dos Cavalos, junto às calçadas, e que estava coberta de vegetação, permite-nos reviver a história dos nossos antepassados e “entrar” no ambiente medieval que marcou o nosso concelho enquanto território.

A Capela da Perucha, em Freixianda, e a Capela do Testinho, em Urqueira estão a ser alvo de projectos de requalificação, visando a salvaguarda deste património religioso e histórico. Duas equipas multidisciplinares do Município de Ourém estão a proceder ao inventário e ao registo de interesse patrimonial do imóvel, com a definição das várias intervenções a concretizar de acordo com projectos de arquitectura, especialidades e paisagismo dos espaços envolventes e os planos de conservação e restauro.

Igualmente a Ucharia do Conde, na “Vila Medieval” do Castelo de Ourém ganhou “nova vida” com a implementação de uma dinâmica de exploração efectiva. Atribuiu-se a este espaço, de características únicas, a responsabilidade de dar a conhecer os sabores tradicionais e fazer a promoção dos produtos locais do Município de Ourém, com especial destaque para os vinhos, queijos, enchidos, mel, doces, compotas e outras iguarias dos nossos produtores do concelho. A Ucharia do Conde passou a ser a “casa de visita” onde os cidadãos do nosso concelho e os turistas podem degustar a gastronomia e os produtos da terra que sabiamente produzimos.

Estas intervenções resultam de uma nova sensibilidade e visão estratégica do actual executivo que valoriza o património existente, criando novas dinâmicas, movimento de pessoas e criação de emprego. Assim, e pela positiva, dignificamos o legado histórico, cultural e gastronómico que nos compõem enquanto oureenses.

João Heitor 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Papa Bento XVI



O Papa Bento XVI anunciou na passada segunda-feira que renuncia à liderança da Igreja Católica, por se sentir "sem forças" para desempenhar o cargo.

Uma lição de desapego a um lugar, provando que há Homens que recorrem à sua consciência, fazem o devido exame intrínseco, e procedem em conformidade com os superiores interesses daqueles que servem.

Soubessem seguir este exemplo, um sem número de gente que se eterniza em lugares, que se agarra ao poder e o exerce, somente, para o consolidar. Em pior situação ainda se encontram aqueles que perderam o poder (por não lhes ser reconhecida capacidade para o respectivo exercício), mas que insistem em retomar o mesmo, culpando e menosprezando os que com eles trabalharam. Mas, esses, que não percebem que o mundo actual vive das grandes transformações, e também dos grandes Homens, o peso do espírito um dia ainda lhes vai tocar a consciência.

Voltando ao Papa Bento XVI, reforça-se o discernimento que o levou a reconhecer a sua “incapacidade para exercer de boa forma o ministério” que lhe “foi encomendado".

Fátima deve, em memória, em presença, em fé, em crença e em projeção mundial, muito a João Paulo II. Porém, também Fátima, o Município de Ourém e os católicos portugueses receberam, com naturalidade, a visita do Papa Bento XVI em 2010.

Preparou-se a cidade para acolher Sua Santidade em Maio de 2010. Executou-se um programa de beneficência de infraestruturas. Criou-se, na altura, um Heliporto, tratou-se da Avenida D. José Alves Correia da Silva e de outras ruas, limparam-se terrenos para criar estacionamentos, limparam-se, desinfectaram-se e odorizaram-se as ruas, consolidaram-se e reforçaram-se as estruturas de apoio aos peregrinos e recebeu-se, digna e alegremente o Papa Bento XVI.

O próximo Papa a ser escolhido, e que visitará Fátima, encontrará uma cidade mais requalificada, embelezada, digna para receber os peregrinos, possuidora de uma superior tranquilidade em termos de tráfego na envolvente da Basílica da Santíssima Trindade, e, como sempre, feliz por receber Sua Santidade. É por esse resultado, por esses objetivos, que um conjunto de pessoas trabalham diariamente, e ao longo dos últimos anos. Planificando, desenvolvendo e concretizando melhorias que servem todos aqueles que se deslocam a Fátima, todos os que lá residem, todos os que lá trabalham, promovem riqueza, emprego e consolidam o Milagre de Nossa Senhora. É assim, que continuamos, e continuaremos a marcar pela positiva…

João Caldeira Heitor

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Pela Positiva - Solidariedade em momentos difíceis!



Na noite de 18 para 19 de Janeiro a natureza encarregou-se de nos recordar que também ela faz parte do mundo. Do mundo que desejamos controlar à nossa maneira, mas que nos foge das mãos. A natureza relembrou que existem leitos de cheia, linhas de água, locais onde não devem existir habitações e unidades industriais, e, ao mesmo tempo, de colocar as nossas inovações tecnológicas ao nível da caneta e do papel, da água da fonte, da vela…

A Protecção Civil avisou que teríamos de estar alerta. Todavia, os piquetes da Câmara e dos Bombeiros não tiveram tréguas, numa luta desigual, por um extenso território onde as árvores, as casas e as vias ganharam uma diferente configuração.

Sob a coordenação do Presidente da Câmara o Serviço Municipal de Protecção Civil accionou cinco equipas de intervenção, com a colaboração da Ourémviva e da SRU Fátima, ajudando as dezenas de bombeiros e cidadãos que também já restabeleciam a normalidade, com condições climatéricas adversas e de força desigual. Limparam-se vias, concretizou-se o apoio a cidadãos, e coordenaram-se acções que facilitassem o trabalho da EDP, da PT, da VEOLIA, da GNR e da PSP.

Com árvores caídas e partidas, veículos destruídos, habitações, empresas e edifícios afectados a ausência de energia eléctrica, a ausência de água, a inexistência de comunicações deste mundo da fibra óptica dificultou a operacionalização que se desejava mais célere e eficaz.

Neste cenário de destruição que afetou todo o concelho o Presidente da Câmara convocou os Presidentes de Junta, os Bombeiros, a EDP, a PT, a VEOLIA, a SIMLIS, a SUMA, os Agrupamentos de Escola, a GNR, a PSP, a Direcção Regional de Agricultura, as Estradas de Portugal, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, a Segurança Social, os serviços municipais e as Empresas Municipais. Todos disseram: presente! Analisaram-se os problemas de imediato, traçaram-se estratégias de acção para os próximos dias, semanas e meses, cara a cara entre eleitos, empresas, autoridades e serviços da administração governamental. A definição deste Plano de Intervenção pós catástrofe, como foi desenvolvida durante os incêndios de Setembro de 2012, prova que só de braço dado e em estreita articulação com todos, conseguimos ultrapassar as dificuldades existentes.

Destaca-se uma vez mais a forma cooperante e abnegada com que os cidadãos se apresentaram lado a lado com os bombeiros, forças de segurança, funcionários municipais e funcionários das empresas municipais. Ourém conta com a solidariedade das suas gentes, dos seus eleitos, dos seus dirigentes e respectivas instituições

João Caldeira Heitor

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Escola Secundária de Ourém



Pela positiva… 

O ensino é um dos sectores mundiais que mais dinheiro movimenta. Para que tenhamos uma ideia, as universidades inglesas têm apostado na afirmação da formação que ministram, cativando, assim, mais de 80 porcento dos seus alunos que são oriundos do resto do mundo.

A aposta no ensino arroga não só a formação dos nossos jovens, mas também a capacidade de o internacionalizar junto dos países em vias de desenvolvimento. Uma das maiores riquezas do nosso país é a língua portuguesa. A existência de milhões de potenciais “clientes” nos Países de Língua Oficial Portuguesa é um “mercado” que urge explorar e potenciar.

Em 2011 “ganhámos” uma “nova” Escola Secundária em Ourém. Poucas são as pessoas que registam na sua memória a inauguração de uma Escola Secundária no concelho onde residem. Para a concretização deste objectivo muito contribuiu o empenho da Direcção do Agrupamento liderado pela eng.ª Isabel Baptista, pelo (à data da decisão) deputado António Gameiro e pelo (à data da decisão) Governador Civil de Santarém, Paulo Fonseca. Deixa-se o registo, para memória futura, pelo esforço desenvolvido por estes protagonistas, facto que honra todos os ourienses.

A Escola Secundária de Ourém é hoje um edifício com salas multifuncionais, equipadas com novos materiais, com diferentes espaços dotados de inovadores recursos que propiciam a concretização de um saber dinâmico, amplo e integrador. Em 2011, os alunos do concelho de Ourém passaram a pertencer a uma geração (e a outras subsequentes) que obteve uma aposta nacional. A aposta de um país que neles deposita a esperança do futuro, e a confiança de novas conquistas individuais em nome de todos nós.

Também o executivo municipal tem investido na educação. Nos últimos dois anos não só se concluíram os quatro Centros Escolares cuja primeira pedra foi lançada em 2009, como se criou um quinto Centro Escolar, e se iniciou ainda a construção de mais três, a abrir em Setembro deste ano em Freixianda, Olival e Seiça/Alburitel.

A construção de um Centro Escolar representa mais do que um novo edifício. Comporta a aposta no potencial da nossa terra – as pessoas, congrega a comunidade que no mesmo vai desenvolver a sua acção criando, simultaneamente, novas centralidades e dinâmicas locais.

Sabemos que, presentemente, este é o caminho a percorrer, e a aposta a consolidar. Por mais que alguns desejem o fracasso destes projectos, com as todas as dificuldades conhecidas, Ourém continua a marcar pela positiva…

João Caldeira Heitor