quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Na direcção certa...

A cada dia que passa mais convencido fico, e estou, de que é preferível errar nas decisões que se tomam, do que errar por omissão.

E a juntar a esta, o facto de se agir na altura certa ser meio caminho para a correção de caminhos e posturas salvaguardando o futuro.

Em última instância, e completando estas análises, o canalizar diário de energias para diferentes objetivos e processos, reforça-nos na determinação das convicções...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Conquistar é a ousadia...

Cada desafio é uma conquista que se ganha, quando se avança.

Fácil é desistir.

Fácil é não fazer.

Fácil é ficar quieto.

Difícil é seguir em frente mesmo desconhecendo o caminho por onde se avança.

Há quem deixe de comer um chocolate com medo de gostar, e voltar a repetir.

Felizes os que vencem os medos.

Felizes os que enfrentam os dias com a incerteza, mas determinados em seguir...

Não há melhor lugar no mundo, ou que se possa comparar, do que o bem estar interior que resulta do nosso querer.

O nosso sorrir é um estado superior da essência humana.

Conquistá-lo é a ousadia...


João Caldeira Heitor

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Talvez... mas só: talvez...

Volateis dias e dias que se passam em chamadas, reuniões, computadores e viagens de trabalho.

Viagens. Essas que nos permitem o pensar profundo.

Pensar, (talvez) esse repugnante acto que tantas vezes nos impede de somente olhar, sentir, tocar, ou escutar o simples barulho do nosso respirar...

Somos donos de nós prórpios, mas (talvez) só até ao ponto em que não colidimos com as responsabilidades...

Seremos escravos de uma sociedade que nos molda, a quem devemos o ser social, que de nós precisa como o valor social?

Talvez. Mas deixemos esses estudos para os antropólogos e sociólogos de serviço à incompreensível natureza humana, sempre incerta e imprevista.

É essa! A imprevissão! Aquele momento que (talvez) nos quebra o controlo da vida, dos caminhos planeados, dos objectivos a atingir...

Que ganhos nos dá a imprevissibilidade da vida?

O tempo que (talvez) nos trai, sem alma e sem gente, acaba por ser aquele que nos guia e orienta contrariados, consumidos e limitados...

Talvez...

sábado, 11 de setembro de 2010

Os edifícios que nos fazem...

Esta noite entrei no jardim-de-infância onde a Leonor vai começar o seu percurso escolar na próxima segunda-feira, dia 13.

No mesmo edifíco onde a minha mãe deu aulas do 1º ciclo há mais de 30 anos.

No mesmo edificio onde, posteriormente, esteve sedeada a Delegação Escolar do concelho de Ourém, e onde o meu pai trabalhou.

No mesmo edificio onde em pequeno estive com a minha mãe, onde em adolescente ia ter com o meu pai, e onde a partir de segunda feira deixarei a Leonor no começo do dia para a sua construção social, humana e intrínseca, que ali alinhará.

Poderia escrever que os percursos do Homem repetem-se em cada rotina prevista e programada.

Porém, na incerteza da vida e da volatilidade laboral, nada previa que estas coincidências repartidas por mais de três décadas, hoje, e em mim, fariam despertar o sorrir pela memória do meu pai, pelo respeito e admiração à minha mãe, e pelo amor que tenho à minha filha.

Desviando do centralismo familiar da ocorrência, permito-me ainda registar a solidez das estruturas educativas, o empenho das famílias e a alegria das crianças que neste fim de tarde e princípio de noite confirmaram o conceito de comunidade educativa. Essas duas palavras que tantas vezes ou somente escritas nos livros teóricos dos estudiosos da educação, da psicologia e da política se encontram.

Os edificios são pedras, madeira, tijolos. Mas neles vivem, crescem, aprendem, e se fazem estórias na linha da vida dos Homens. Esses edificios tornam-se assim elos de ligações entre o frio Inverno do normativo e o quente respirar de quem neles e deles faz o seu caminho...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A paixão da vida...

O ópio da vida.

O ar que respiramos, nos dias completos pelas horas, e vividos nos segundos do bater do coração.

Somos todos e um só, em nós e nos outros.

Pelo que erramos em omissão, excedemos em falta e multiplicamos em silêncio.

Para o contrariar importa erguer, construir e edificar as pontes das relações e da partilha humana do que em rede sentimos, necessitamos e potenciamos.

Sou e seremos o que de nós depende, o que por nós podemos fazer.

A fraude do mistério da inexistência da paixão... pela vida... é surreal...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

As colunas da vida...

As colunas da sabedoria, da força e da beleza sustentam os homens livres e de bons costumes em cada obra humana. São elas, em sentido figurado, que consolidam o edifício mental, a estrutura intelectual e a acção diária individualizada.

Há quem chegue a elas fisicamente, mas que se distancia, e jamais as edifica dentro de si. Habitualmente tal deve-se e acontece a quem possui uma específica característica: o egocentrismo.

O egocentrismo não permite, efectivamente, que de forma livre se procurem e alcancem conhecimentos através de ensinamentos de outros, na aprendizagem constante que nos pinta os cabelos de branco e nos abre as rugas no rosto.

E porque em sociedade vivemos, e dela fazemos parte, recai nas nossas acções de humanidade a essência individual que comportamos como peças do grande rio da vida.

Cada vez mais só uso o espelho para confirmar as rugas, os cabelos brancos e a limpeza do rosto. Até porque quem usa o espelho falando e indagando em todas as acções diárias, acaba por em cada gesto, decisão ou posição, só, e somente, tomar o seu sentido pessoal.

Porém, em nossas mãos estão os outros, que connosco fazem o dia-a-dia de cumplicidade, de entreajuda, de ensinamentos mútuos, de conquista, de entrega e suor partilhado.

E assim, de pé, ouvimos, falamos e fazemos o que de todos e para todos pode nascer.

E assim, pelo que de bom alcançamos conjuntamente, brilhamos como seres humanos, aos olhos daqueles que desprendidamente assumem a vida.

Não são as chaves que abrem as portas do sentimento, do coração, da conquista, da amizade e do respeito. O reconhecimento só se alcança com tolerância, simplicidade, frontalidade, verdade e confiança.

Ainda que para muitos os títulos constituam a distinção entre os Homens, acredito que a sabedoria, a força e a beleza individual são a essência que faz a diferença.

E assim ontem regressei a casa. Com a consciência de que o caminho que percorri num passado muito recente, se pautou pelo que, desprendidamente, alcancei. Sem o procurar, o reconhecimento e os frutos surgem espontaneamente. Senti-me abençoado por ter partilhado o conhecimento, o dia-a-dia, a estima, a conquista e a amizade de tantas pessoas. Senti-me rico em conforto, em tranquilidade e em missão cumprida.

Mesmo já tendo a vida se encarregado de me mostrar que nem sempre sorrimos e vencemos, reforço e partilho o pensar de que a força está no que em conjunto, como sociedade, conseguimos alcançar...