terça-feira, 26 de junho de 2012

Tu...


Vulnerável sem te perceber,
Ou perdido sem te ter?
Gigante contigo em meus braços,
Ou carraça refém da noite solitária?

Sou hoje assim,
Em duas formas,
E de forma diferente,
Não me vejo.

Sinto-me a entrar no céu escuro,
Se em ti não tocar,
Pelo simples pensar,
Ou na certeza de não te ver.

Não me deixes adormecer,
Quero acordado sonhar,
Deste sonho real a viver,
Mesmo com os frios lençóis a bater.

Serei fraco demais para te absorver?
Não desistas de atravessar,
A noite,
A terra,
O vento,
E num pensar ciumento,
Atira teu corpo ao chão.

O tempo passa,
Pelas janelas fechadas,
Pelas noites vazias,
Pelos olhos molhados.
 
 
Vem-te deitar,
E a meu lado cantar,
Dona de ti mesma,
Mulher, menina e donzela.

Teu e meu desejo,
Não vai esperar,
Não vai perder,
Nosso beijo a trocar…
João Caldeira Heitor

quinta-feira, 14 de junho de 2012

If I Ain't Got You...

As vozes que na noite escuto,
São as que em silêncio me lêem.
As vozes que na noite se calam,
São as que nos gritos me afastam.

O som de cada passo,
É o bater dos dias vividos.
Perdido ou encontrado em teu regaço,
Sou um Homem rendido.

Pecado é não abrir o coração,
No frio da noite, ou no calor do dia.
E, em cada segundo,
Viver o sorrir da vida (mesmo sombria).

Ser mais além,
É ser humano,
É ser frágil,
É ser um espelho da alma...

João Caldeira Heitor

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Para Ler e Entender...




Uma abordagem sobre a leitura, a escrita, que se deseja partilhada, nos novos mecanismos electrónicos que fazem o dia a dia de todos nós, suportados pelos alicerces dos homens e mulheres da cultura e do saber...
Ao som de um poema de Mário Sá Carneiro, tocado e cantado pelos Trovante…

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Unnatural...

Sou receptor de todos os desacatos,
Sou caixa de estranhos sons humanos,
Sou registo vivo de olhares mundanos,
E, entre os dias e as noites, sumido.

Essa verdade não consigo alcançar,
Esse desejo de quem não falou,
Essa não vontade que alguém mostrou,
E, sinto a energia em mim esgotar, sumido.

Procurei a bússola para me relançar,
Procurei a razão dos que estão a falar,
Procurei uma estrela para me aconselhar,
E, cada dia é um desafio louco, sumido.

Só, não se cria uma multidão,
Só, não se casa a união,
Só, não se muda o mundo,
E, o estalar de dedos está, sumido.

Perde-se a magia em cada poder,
Perde-se o abraço em cada julgamento,
Perde-se a crença em cada duvidar,
E, só agarras o que tens, ou, sumido.

João Caldeira Heitor