segunda-feira, 27 de junho de 2005

A greve dos sindicatos...

Uma colega minha falava na sala de professores, na semana passada, argumentando que a greve é um direito consagrado na Constituição da República. Os professores sentem-se injustiçados, pois trabalham um ano inteiro, esforçam-se para dar o melhor de si e chegam ao final do ano lectivo e vêem congelada a sua carreira e o tempo de serviço não lhes é contado para efeitos de progressão. É injusto! Pois é!

Mas não será preferível o diálogo à manifestação? Não dará melhores resultados o debate? Que efeitos teve a greve? Foi uma forma de pressionar o governo a alterar as suas medidas? E os alunos?

Os alunos também merecem o nosso respeito, a greve afectou-os e afectá-los –á. Eles podem ter feito os exames, mas será que o seu espírito e concentração foram os necessários? E aqueles que não os realizaram, mereceram chegar à escola e voltar para trás?

Os meses de empenho, trabalho e estudo destes alunos são dignos de desprezo? Tantas horas a estudar, tantos livros e folhas a “voarem” pelos quartos, tanto nervosismo, para quê?

É verdade que terão mais tempo para estudar, mas compensará? E a nova data, será que não afectará os outros exames, os outros planos de estudo?

Duas coisas são certas: Não lhes foi dada uma oportunidade e o exame não será o mesmo…

Sem comentários: