domingo, 18 de novembro de 2012

Gavião, Portugal, Mundo


Essa matéria de que somos feitos,
Põe-nos carne, ossos e sentimento no corpo.
Pela vida que se regista e se percorre.
Nela somos filhos, pais e avós.
Nela ganhei pai e mãe.
O meu faz hoje 10 anos que viajou (como o tempo voou…).
Esse é o destino que às crianças é explicado.
Mas que aos adultos não se “veste” nesse “número”.
Não se despe o “casaco” da saudade.
Faz frio. A saudade e a ausência são frias.
E por isso a pele precisa do contacto.
E por isso a alma precisa do calor.
E por isso se recorda, com um sorrir,
O viver,
O crescer,
O aprender,
O debater,
O contrariar,
O chorar,
O rir que pela vida aprendi, partilhei e acumulei, com o meu pai.
Todos esses predicativos de ser,
Que retribuo a quem me honra com o reescrever da história da vida.
Obrigado pai.
João Miguel

3 comentários:

Anónimo disse...

Os dias. Com eles contam-se as noites que caem e o sol que, com eles, sempre nasce e se põe...

Uma geração passa e outra sempre vem...e com elas, o tempo passa também...

...na saudade perene, recordam-se, com um sorriso, os momentos partilhados, que se eternizam na memória...

Lindo post, num sentimento único, aqui partilhado...

Vaps

Anónimo disse...

Grande João!

Só mesmo tu para falares tão carinhosamente, sentimentalmente e de forma tão genuína.
Muito orgulho em ser teu amigo pá.

O Professor Heitor também me faz falta: Pai do meu amigo, amigo e companheiro de lutas do meu Pai, meu amigo e conselheiro, e as histórias engraçadas?, o Heitor era uma figura e tanto, bonacheirão e amigo do seu amigo.

Ainda me lembro dos conselhos que ele nos dava, que hoje se verificam bem verdadeiros, mum futurista.

Lembras-te João? Quando nasceu a Leonor eu disse que no céu sorria uma estrela, e continua a sorrir com o legado que deixou em ti.

Grande abraço, amigo!

Nuno Pereira

mlu disse...

E a vida que continua de ti na Leonor, vai um dia falar de ti assim, pelo carinho e pelo amor que lhe dás, com o mesmo carinho e o mesmo amor. São estas as cadeias que nunca se quebram, mesmo depois da "viagem" de cada um e de cada geração!

Um abraço!