A velhice é, também, uma etapa da vida do ser humano. A mais certa. Impossível de parar, pelo passar dos segundos, minutos, dias, meses e anos do ser humano.
O conceito de velhice tem sofrido alterações, ao longo dos anos, de acordo com o processo de evolução (positivo?, negativo?) da sociedade. Essas alterações desencadeiam um conjunto de preocupações nuns, e um total alheamento e esquecimento por parte doutros.
As condições de vida das pessoas idosas variam de acordo com o seu estatuto económico, e consoante o seu local de residência.
É certo que nos últimos 12 anos se verificou um significativo aumento de Centros de Dia e de Casas de Repouso, onde as pessoas idosas podem acedes a cuidados permanentes de saúde e acompanhamento especializado.
Porém, serão estes os lugares que a maioria dos idosos pretendem para descansar, após uma vida de trabalho?
Serão estes lugares, por muito que possuam bons técnicos, auxiliares e outros profissionais, sítios de amor, compreensão…?
As mudanças a nível biológico, psicológico e social que se vão verificando no ser humano à medida que chega à velhice, exigem deste um esforço de adaptação a novas condições de vida nos vários patamares de relacionamentos inter-pessoais e afectivos.
Com a redução das capacidades motoras, intelectuais, com a ruptura com a actividade laboral, com a redução dos níveis de rentabilidade económica, e muitas vezes com o “despejo” dos idosos em lares, não estará a sociedade a descurar aqueles que foram elementos fundamentais para a existência do nosso presente, por aquilo que eles construíram no passado?
Para onde caminhamos, nesta vida e neste dia a dia, do corre corre, onde os laços familiares são mais fracos, onde o isolamento dos idosos em lares é uma realidade…
Será que não pensamos que um dia seremos nós?
Não podemos mudar, melhorar, intervir?
Mais do que podemos. Devemos. É um imperativo moral…
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