sexta-feira, 30 de março de 2007
quinta-feira, 29 de março de 2007
quarta-feira, 28 de março de 2007
terça-feira, 27 de março de 2007
A distância custa...

Não eramos nós.
Tu estás longe da vista.
Nem mesmo a campainha da chegada do metro me faz mover do banco de madeira em que me sento.
A saudade, que é amiga da distância e cúmplice da tristeza, andam-me a atormentar os minutos em que não penso em ti.
São minutos de horas duras, quando olho a felicidade alheia, e mais intensamente sinto a tua falta...
segunda-feira, 26 de março de 2007
Fátima, Futebol e Fado... Que triste sina...

Mais do que uma série televisiva, ela transporta o telespectador para as vidas que estão por detrás dos reclusos.
Mais do que retratar a vida dentro de uma prisão, ela ilustra a sobrevivência.
É a minha série de eleição.
Prefiro vê-la, do que saber que António de Oliveira Salazar foi escolhido como o maior português de sempre. Um ditador. Um homem que mandou encerrar universidades, que fez descer a escolaridade obrigatória para a 3ª classe e que dizia que o povo só precisava de saber ler, escrever e contar...
Talvez quem tenha votado em Salazar, tenham sido aqueles que contentemente, ainda hoje, só saibam ler, escrever e contar...
E o que é que isso tem a ver com o Prision Break? Ah, porque morreram muitos portugueses que afrontaram e discordaram de Salazar... Pagaram caro, pelo maior português de sempre...
sexta-feira, 23 de março de 2007
O meu Português de Sempre! Aristides de Sousa Mendes

Aristides de Sousa Mendes foi um Homem de causas.
O seu destino passou a estar inelutavelmente ligado ao destino colectivo de dezenas de milhares de pessoas desaparecidas.
Assumiu-se como homem certo no lugar e momento certos.
Aquilo que muitos poderiam considerar como defeitos de personalidade num diplomata - a natureza demasiado emotiva e o seu carácter impulsivo - tornaram-se força motora de um heroísmo.
Sacrificou tudo quanto amava e presava - uma família, uma carreira - por estranhos de quem se apiedou associando ao seu honroso desempenho a espiritualidade e dignidade humana então raras, mas que, afinal, caracterizam o povo português. Numa altura em que pairava a rebeldia pelo mundo, Sousa Mendes não só era um digno diplomata como também se desenhava como o modelo do português crítico, o representante ideal da nação que todos gostaríamos que Portugal sempre fosse.
As suas atitudes tinham o cheiro do perfume cuja marca a lei portuguesa só viria a reconhecer tardiamente. Ainda assim, aos olhos dos poucos que um dia ouviram falar de Sousa Mendes, a mais viva recordação que resta deste "
Salazar e seus discípulos condenaram-no à "pena de um ano de inactividade" com direito apenas a "metade do vencimento da categoria", tendo sido colocado "na disponibilidade aguardando aposentação", situação da qual só viria a se livrar com a morte, mais de 13 anos depois.
Ainda que nada dissipe o sofrimento de um conjunto de acusações e processos fundados numa ideologia retrógrada e desumana, e a humilhação de uma sentença cheia de vícios, feita a rogo das leis de uma ditadura nacional, nada explica que obra de tão grande valor e prestígio seja comprada a tão barato preço.
Quando os Nazis invadiram a França em 1940, Aristides de Sousa Mendes, o cônsul português em Bordéus, contrariando as ordens de Salazar, assinou vistas para fugitivos. Assim conseguiu salvar milhares de vidas, antes de ser afastado do cargo pelo ditador.
Em 1940, dado o avanço das tropas alemãs de Norte para Sul e de Leste para Oeste, só
Aristides começou por ignorar a circular para, depois de instado a fazê-lo, a desrespeitar totalmente. Passava vistos a quantos lho solicitassem. Quando a 8 de Julho de 1940, já sem mais hipóteses de transgressão, regressou a
Nada na biografia de Aristides, até então, fazia prever este acto. Com 55 anos à data dos acontecimentos, casado e pai de 14 filhos, servia o "salazarismo (fascismo) tal
Regressando a
Do recheado solar da família, em Cabanas de Viriato (Viseu), tudo ia sendo vendido. Os filhos de Aristides iam-se dispersando, a mulher Angelina, morreu em 1948 , e ele casou novamente mais tarde.
No dia 3 de Abril de 1954, Aristides morre de uma trombose cerebral e de uma pneumonia no Hospital da Ordem
Mais do que ser um descobridor, um escritor, um pensador, um político ou um conquistador, para mim Aristides de Sousa Mendes foi um Homem Livre, de Bons Costumes, Valores e Dignidade Humana.
E tempo para viver?

Esta é a sociedade da desconfiança, do medo, do individualismo e do corre – corre imposto pela economia.
Entre todos estes momentos, quais são os segundos em que as pessoas, mesmo as mais íntimas, se olham nos olhos?