Não me canso de ver o filme “O Gladiador”. Conta a historia de um general romano que no ano de 180 d.C., serve com fidelidade o Imperador Marco Aurélio. Cômodo, filho do Imperador, sabendo da intenção deste passar o comando do Império Romano para o general Máximus, mata-o e assume-se como o novo Imperador.
Cômodo coloca em vigor a política do pão e circo, a política do entretenimento do povo enquanto corrompe o Senado para garantir o poder. Contrariando a vontade de seu pai que tinha proibido as arenas e os espetáculos de violência onde gladiadores lutavam até a morte, Cômodo decreta que haverá jogos por mais de 300 dias onde a carnificina acontece para divertimento da plebe e da realeza. Sem sucesso, muitos Senadores desejavam o regresso da República em substituição ao poder ditatorial do Imperador.
Apesar da historia não ser verídica o filme retrata, fidedignamente, a Roma e os seus costumes políticos onde algumas personagens chegavam às cadeiras do poder através de uma política de caserna, sem respeito pelos outros, desconhecendo valores, a moral e os limites do aceitável.
Na sociedade dos dias de hoje, a “Roma” é cada vez mais visível, descaradamente palpável e observável.
Para alguns, talvez a vergonha das últimas décadas tenha desaparecido, ao mesmo tempo que a sede de protagonismo, de pedestal e de projecção se impõe sobre tudo e todos.
No filme também existem os Pretores (funcionários públicos que verificavam o limite da lide - discussão, confrontos de interesse).
Talvez a sociedade dos dias de hoje precise de mais Pretores, de mais vigilantes e de Senadores idóneos, sustentados em valores e ricos em experiência de vida para que possamos obter conselhos, orientações, zelo e protecção pela Democracia.
4 comentários:
Venham eles, os "Pretores", mas idóneos, incorruptíveis... puros!
Vale a pena manter a esperança? Talvez, mas é cada vez mais difícil!
Bjinho.
Completamente de acordo.
Uns com o circo, outros com Fado, Futebol e Fátima, os sedentos de poder lá vão chegando aos seus objectivos: governarem-se, em vez de governarem!
Não sei se os "pretores" serão a solução, ou se virão acentuar o problema.
Mas que a "Democracia" está doente, lá isso está...
Um bom ano de 2011!
Mlu,
Nao devemos perder a esperança. Ainda que a cada dia que passa e mais dificil acreditar na politica e na democracia que a sustenta.
Um beijinho
Jaime.
Que nos valha o bom senso, a verticalidade e a integridade.
Se todos assim fossemos, a democracia não estava tão "beliscada" como se encontra.
Retribuo os votos de boas festas.
Abraço
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