terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Em vez do: "Eu" porque não o: "Nós"?....

Não me canso de ver o filme “O Gladiador”. Conta a historia de um general romano que no ano de 180 d.C., serve com fidelidade o Imperador Marco Aurélio. Cômodo, filho do Imperador, sabendo da intenção deste passar o comando do Império Romano para o general Máximus, mata-o e assume-se como o novo Imperador.

Cômodo coloca em vigor a política do pão e circo, a política do entretenimento do povo enquanto corrompe o Senado para garantir o poder. Contrariando a vontade de seu pai que tinha proibido as arenas e os espetáculos de violência onde gladiadores lutavam até a morte, Cômodo decreta que haverá jogos por mais de 300 dias onde a carnificina acontece para divertimento da plebe e da realeza. Sem sucesso, muitos Senadores desejavam o regresso da República em substituição ao poder ditatorial do Imperador.

Apesar da historia não ser verídica o filme retrata, fidedignamente, a Roma e os seus costumes políticos onde algumas personagens chegavam às cadeiras do poder através de uma política de caserna, sem respeito pelos outros, desconhecendo valores, a moral e os limites do aceitável.

Na sociedade dos dias de hoje, a “Roma” é cada vez mais visível, descaradamente palpável e observável.

Para alguns, talvez a vergonha das últimas décadas tenha desaparecido, ao mesmo tempo que a sede de protagonismo, de pedestal e de projecção se impõe sobre tudo e todos.

No filme também existem os Pretores (funcionários públicos que verificavam o limite da lide - discussão, confrontos de interesse).

Talvez a sociedade dos dias de hoje precise de mais Pretores, de mais vigilantes e de Senadores idóneos, sustentados em valores e ricos em experiência de vida para que possamos obter conselhos, orientações, zelo e protecção pela Democracia.

4 comentários:

mlu disse...

Venham eles, os "Pretores", mas idóneos, incorruptíveis... puros!
Vale a pena manter a esperança? Talvez, mas é cada vez mais difícil!

Bjinho.

Jaime Martins disse...

Completamente de acordo.
Uns com o circo, outros com Fado, Futebol e Fátima, os sedentos de poder lá vão chegando aos seus objectivos: governarem-se, em vez de governarem!
Não sei se os "pretores" serão a solução, ou se virão acentuar o problema.
Mas que a "Democracia" está doente, lá isso está...
Um bom ano de 2011!

João Caldeira Heitor disse...

Mlu,

Nao devemos perder a esperança. Ainda que a cada dia que passa e mais dificil acreditar na politica e na democracia que a sustenta.

Um beijinho

João Caldeira Heitor disse...

Jaime.

Que nos valha o bom senso, a verticalidade e a integridade.
Se todos assim fossemos, a democracia não estava tão "beliscada" como se encontra.

Retribuo os votos de boas festas.

Abraço