sexta-feira, 13 de abril de 2012

O ser, não é um desejo...

  
A idade é um posto. Um posto de referência, de saber, de aprendizagem que se acumula ao longo da vida. Pelos lugares por onde passámos, pelas pessoas com quem aprendemos, pelas funções que desempenhámos, e, principalmente, pela contínua formação intelectual e social que, dia-a-dia, aperfeiçoamos.

E, também por isso, em funções de responsabilidade, em domínios de conhecimento, em áreas de amplitude e visão, são mulheres e homens maduros, já com os seus cabelos brancos oriundos dessa caminha individual, que preconizam a gestão e “dão cartas” nos relacionamentos humanos. Com esses homens e mulheres, de cabelos brancos, tenho aperfeiçoado nobreza da avaliação, da tolerância, da análise objectiva, das dialécticas individuais e sociais.

O comportamento humano é complexo. Basta olhar para cada um de nós, e identificar, na nossa história de vida, alguns comportamentos, que, nos dias de hoje, jamais repetiríamos.

Viver, também pressupõe, partilhar. Partilhar a vida com o próximo. Ajudar a que existam mais pessoas no mundo, e que a certa gente seja dada “a luz” da decência e dos limites que, socialmente, se impõe.

Não se pretende converter os inconvertíveis. Nem tão pouco subir à estratosfera de alguns falsos moralistas que ignoram os desígnios da fé, e se esquecem que esses intuitos se sobrepõem aos seus interesses individuais.

A sociedade tem vários desafios. O de diminuir a elevada hipocrisia que se espuma, diariamente, com contornos doutrinais. De dar conteúdo a certa gente que por aí vagueia. De dar utilidade aos meios e discutir temas substantivos. O de permitir que as pessoas só conheçam certa gente, capazes, estes últimos, de também chegarem ao grau de: pessoa…

Esta semana uma reflexão social e politicamente, mais alargada, partilhada. Para todos aqueles que se preocupam em construir e viver numa sociedade de princípios e valores. Para todos aqueles que preferem uma boa crítica a um silêncio mórbido. Para todos aqueles que desejam uma vivência saudável. Para todos aqueles que estão empenhados pelas causas públicas.

Não nos esqueçamos que todos, de todos os partidos e correntes de opinião serão sempre poucos para os desafios presentes e futuros. Pensem nisso.

João Heitor

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