A poesia de Mário de Sá-Carneiro, "chama por mim", em momentos de melancolia, tristeza e desalento.
Será, talvez, resultado de o ter estudado.
E saber que a sua vida, teve em muito, a tristeza, a angustia sentida...
PIED-DE-NEZ
Lá anda a minha Dor às cambalhotas
No salão de vermelho atapetado -
Meu cetim de ternura engordurado,
Rendas da minha ânsia todas rotas...
O Erro sempre a rir-me em destrambelho -
Falso mistério, mas que não se abrange...
De antigo armário que agoirento range,
Minh'alma actual o esverdinhado espelho...
Chora em mim um palhaço às piruetas;
O meu castelo em Espanha, ei-lo vendido -
E, entretanto, foram de violetas,
Deram-me beijos sem os ter pedido...
Mas como sempre, ao fim - bandeiras pretas,
Tômbolas falsas, carroussel partido...
Mário de Sá-Carneiro
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2 comentários:
"em momentos de melancolia, tristeza e desalento." - Compreendo que seja uma fase difícil, mas como em tudo na vida, o que não nos mata, fortalece-nos!
"Lá anda a minha Dor às cambalhotas" - A dor possui um grande poder educativo: faz-nos melhores, mais misericordiosos, mais capazes de nos recolhermos em nós mesmos e persuade-nos de que esta vida não é um divertimento, mas um dever (in http://www.livejournal.com/users/estadosespirito)
Deram-me beijos sem os ter pedido... - Um beijo nunca se pede... dá-se!
Mas como sempre, ao fim - bandeiras pretas,
Tômbolas falsas, carroussel partido... - Tudo no fim dá certo. Se não der certo, é porque não chegou ao fim (in http://www.livejournal.com/users/estadosespirito)
Portanto, vida em frente e sorriso nos lábios! :)
Beiojoooooossss.
IA
Ainda não foste colocado... Está mesmo à vista. Andas triste. Como te percebo amigo!
Tem coragem. Mas olha que este poema é muito bonito!
Beijos
Silvia Menezes
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